Comércio eletrônico tende a crescer durante 2018 no Brasil e na América Latina

O ano de 2018 começou com notícias relevantes sobre a atuação dos marketplaces no Brasil. Com a campanha #FreteAbusivoNão, do Mercado Livre, e com o anúncio de que a Amazon estaria se preparando para manter um estoque próprio no Brasil para a venda de eletrônicos, tudo indica que o comércio eletrônico está recebendo uma injeção de adrenalina na América Latina e no Brasil.

Comércio eletrônico

Co-fundador e CEO da Real Trends, plataforma de análise e gestão em tempo real voltada para quem atua no comércio eletrônico, Javier Goilenberg está otimista com as mudanças positivas: “Na América Latina, as vendas no e-commerce representam apenas 3% do total, enquanto em países como Estados Unidos já chega a 10% e na China a 25%. O jogo está apenas começando”, diz ele.

Dentre as estratégias adotadas pelos grandes nomes do marketplace, estão o uso de Big Data e Aprendizado de Máquina, além do modelo de Fulfillment. “Com o desenvolvimento do modelo de Fulfillment, o vendedor pode enviar seus produtos a um depósito gigante do Mercado Livre ou da Amazon e então, quando uma compra é realizada, eles podem se encarregar do envio, escolhendo o melhor meio de entrega, garantindo os melhores tempos de despacho e assegurando uma excelente experiência aos compradores, assim como a Amazon vem fazendo nos Estados Unidos há vários anos”, explicou Goilenberg.

BIG DATA NO COMÉRCIO ELETRÔNICO

Sobre o uso de Big Data para a avaliação do mercado eletrônico, o executivo informa que, graças a essa tecnologia, “um vendedor que utiliza a Real Trends pode analisar todo o mercado, conhecendo a participação de mercado de cada setor, os produtos mais vendidos, rankings de vendedores, distribuições de preços, entre outros”. Segundo ele, “isto é possível já que se coleta informações de tudo o que é publicado no Mercado Livre todos os dias e se transforma centenas de gigas de dados em informação de valor.” Com esse tipo de informação em mãos, “o vendedor pode descobrir que existem certos produtos que vendem bem e saber a que preço teria que vendê-los para ganhar estas vendas”, e ainda “pode descobrir oportunidades em certos nichos ou decidir com informação 100% certeira quais de seus produtos devem receber maior atenção”.

O aprendizado de máquina também é peça importante no mundo do comércio eletrônico. Segundo Goleinberg: “Utiliza-se o Machine Learning para sugerir automaticamente ao vendedor uma resposta para uma pergunta de um potencial comprador. À medida em que o vendedor vai respondendo mais perguntas com este “sugeridor de respostas” vai se otimizando e lhe oferece maior qualidade de respostas automáticas.” O especialista encerra suas declarações dizendo estar seguro de que “veremos cada vez mais implementações de Big Data e Machine Learning em plataformas de e-commerce, assim como em qualquer plataforma online”.

Fonte: Canaltech

X