Com incentivo da ABCasa, pequenos empreendedores transformam criatividade em negócios

A indústria criativa é uma das áreas que mais crescem dentro da economia brasileira. Segundo dados do “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, realizado pelo Sistema FIRJAN e divulgado em 2016, o setor contava, na época, com mais de 850 mil profissionais em 2015. No mesmo ano, movimentou R$ 155,6 milhões na economia do País, representando 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB).

A ABCasa – Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas e Flores também colabora para movimentar a economia brasileira.

Além dos milhões em negócios gerados desde a primeira edição da ABCasa Fair, realizada duas vezes por ano em São Paulo (SP), pequenas empresas ou, até mesmo, empreendedores individuais são incentivados a participar da feira sem qualquer custo. Muitos desses incentivados já cresceram e estão andando com suas próprias pernas, abrindo espaço para outros receberem os mesmos benefícios.

Confira algumas dessas histórias:

O início

Foi exatamente no período e cenário citado pela pesquisa que a designer gráfica Renata Sader decidiu investir na criação da própria empresa. A marca, que leva o seu nome, nasceu em 2015 e produz capas para almofadas, puffs, jogos americanos e tecidos.

A empresa, sediada na capital paulista, conta com uma equipe composta por oito pessoas, sendo que três profissionais integram o núcleo do estúdio de criação, dois colaboradores atuam no núcleo da oficina de costura e outros três formam o núcleo da tapeçaria. Para o núcleo de impressão de tecidos, a marca conta com um serviço terceirizado, feito por uma empresa de médio porte.

“Iniciei o trabalho aos poucos e após seis meses flertando com algumas lojas que conheciam meu trabalho e pediam por produtos com estampas personalizadas, decidi abrir a empresa, alugar um espaço e me organizar. Para isso, contei com ajuda especializada para as questões burocráticas”, explica.

Segundo Renata, a participação na ABCasa Fair trouxe novos clientes de todo o Brasil. “O maior diferencial do evento é o fato de que nossos produtos estão expostos para um público que já é interessado neste setor, vindo de todo o País. Essa aproximação é muito mais eficaz do que a tradicional, onde teríamos que entrar em contato com cada potencial cliente, iniciando uma relação à distância. Sou de São Paulo e cerca de 80% dos clientes que conquistei em outros estados vieram através da ABCasa Fair”, ressalta.

Em família

A também designer Geórgia Lino decidiu investir na criação dos próprios produtos. Em 1998, ao lado do marido, Oswaldo Siviero Junior, criou o Barracão da Arte, uma oficina de criação sediada em Santo André (SP), que se destaca pela criatividade e delicadeza das peças exclusivas e artesanais.

“Antes tínhamos uma rotisserie, mas decidimos vendê-la. Começamos na tentativa de mudar de ramo. Foi uma opção para trabalharmos com mais satisfação. Trabalhamos juntos desde então”, destaca Geórgia.

Os produtos do Barracão das Artes são direcionados à decoração e confeccionados a partir de materiais reaproveitados da indústria e muitas vezes do que sobra das próprias peças usadas pelo casal.

Embora a assinatura da linha seja de Geórgia Lino, os dois trabalham diretamente na confecção e em todas as etapas da empresa. “Como somos pequenos e ficamos menores com essa crise, fazemos tudo mesmo. Soldamos, fazemos o financeiro, as embalagens, repintura, cortamos, montamos as madeiras. A pintura eletrostática é única função que terceirizamos”, afirma a designer.

Geórgia ainda destacou o papel fundamental da feira na continuidade de sua empresa. “Anteriormente, participava de vários eventos por ano. Fomos atingidos pela crise e optamos pela presença apenas na ABCasa Fair, o que ajudou muito na continuidade de nosso negócio. A importância do evento é muito grande para pequenos empreendedores, que não têm respaldo maior de outras fontes”, pondera.

Gerações criativas

Em meados da década de 1960, Odila Sala Papavero, mãe do artesão e desenhista Amauri Papavero, decidiu investir na confecção de flores em tecido para complementar a renda de casa, ajudando o marido, que era ferroviário. À época, o filho trabalhava como desenhista para o setor da arquitetura, mas decidiu mudar de ramo e investir na empresa iniciada pela mãe. Foi quando surgiu a Aruanan Artesanatos, em 1968.

O nome foi dado em homenagem aos índios do alto Xingu, que se reúnem anualmente para uma grande festa ao deus do verde da floresta (Aruanã). “Na hora de registrar a empresa, escrevi Aruanan, pois achei que seria mais fácil para um estrangeiro”, destaca Papavero.

Muitas mudanças e adaptações foram feitas na empresa desde 1968. Hoje não fabricam mais as flores de tecido e o forte do empreendimento, sediado em Mongaguá, no litoral paulista, são peças exclusivas em resina, como bijuterias e artigos para decoração.

“Há seis anos, minha esposa e sócia-proprietária, Márcia Pouso, dedica-se à produção e criação de bijuterias, incrementando os produtos da empresa. Felizmente, também deu muito certo. Eu fico por conta do feitio de peças para decoração”, explica o artesão, que desde 1970 confecciona frutas, fruteiras, conchas e luminárias. “Sempre procuramos evoluir e toda feira que participamos nós apresentamos algo diferente e criativo”, completa.

Amauri também destacou as vantagens de participar da ABCasa Fair. “Tempos atrás, tínhamos representantes em outras regiões, como o Nordeste, mas atualmente não é viável para nós. Dessa forma, meu vínculo com clientes de outros Estados se dá quase que totalmente através da feira. Isso se converte em negócios, pois posso estimar que cerca de três meses da minha produção são negociados por meio do evento”, enumera.

Criatividade que transforma

A criatividade transformou a vida de Cristina Seddon. Vinda do setor do agronegócio, a empresária criou, em 2012, a Amor em Pano, de Itapeva (SP), incentivada por uma amiga após a sua gravidez.

Depois de ter contato com as técnicas do patchwork, ela começou a trabalhar com bonecas de pano. A ideia surgiu de uma paixão da infância. Vinda do interior de Minas Gerais, Cristina se recorda das bonecas que sua avó fazia. “Minha referência de boneca é a Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo”, explica.

Entre 2012 e 2016, Cristina conta que começou a participar de feiras para o consumidor final. Como o mercado era inconstante, ela decidiu pesquisar feiras voltadas para o atacado. “Na primeira feira que participei, era a única expositora com bonecas artesanais. Foi uma inovação, porque não tinha nada nessa área”, conta.

Para definir o seu público, Cris Seddon investiu em um estudo aprofundado de mercado e decidiu que se voltaria para papelarias finas e lojas de presentes criativos. Em seguida, ela pesquisou os produtos comercializados pelas lojas.

A partir daí, criou uma linha de personalidades, voltada para um público mais maduro, que conhece um pouco de música e de artes. “Temos vários ícones como Amy Winehouse, Beatles, Elvis Presley, Michael Jackson, Frida Kahlo, entre outros. O que prova que acertei”, conclui a empresária.

Incentivando a economia

Empreendedores como Cristina Seddon, Renata Sader, os casais Geórgia Lino e Oswaldo Siviero Junior e Amauri Papavero e Márcia Pouso, além de transformarem os talentos e suas criações em negócios, ainda contribuem com a movimentação econômica dos locais onde atuam.

A Amor em Pano conta, atualmente, com um grupo de 15 profissionais do artesanato, cada um com sua especialidade, sendo a maioria mulheres e mães de família. “Gero empregos direta e indiretamente. Meu ateliê fica em um bairro bem carente, em todos os aspectos. E como a maioria dessas artesãs são mães, acabou sendo uma forma de gerar recursos para elas”, pontua Cristina Seddon.

A geração de emprego indireta fica por conta dos fornecedores, pois a empresa opta por produtos que sejam de origem nacional e até regional.

A criatividade e empreendedorismo desses profissionais fizeram com que eles apostassem em seus sonhos. Alguns até pensaram em desistir, como confessou Renata Sader. No entanto, segundo ela, por acreditar no potencial dos produtos, decidiu seguir. “Recebo muito apoio e incentivo vindo dos colaboradores, que sabem das dificuldades, mas também acreditam que é possível avançar”, finaliza a empresária.

Participe da quarta edição da ABCasa Fair, sétima maior feira do mundo e maior da América Latina de artigos para casa e decoração. A feira será realizada de 21 a 25 de fevereiro de 2019, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). Se você está em busca de tendências e lançamentos do mundo todo reunidos em um só lugar, com a presença das maiores empresas do Brasil, faça seu credenciamento agora mesmo. Você evita filas e garante a melhor experiência de compra do setor, que vai mudar a história de vendas da sua loja. Marque na agenda e acesse o link para o credenciamento: http://www.abcasafair.com.br/

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