Segundo CNC, varejo terá a melhor Páscoa dos últimos cinco anos
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas do varejo voltadas para a Páscoa deste ano deverão crescer 3,5% em relação à Semana Santa do ano passado, já descontada a inflação do período. Se essa projeção for confirmada, será o melhor desempenho das vendas reais do varejo nesta data comemorativa desde 2013 (+4,8%). Na mesma data de 2017, o varejo registrou o primeiro aumento no volume de vendas (+1,1%) após acumular perda de 5,2% em 2015 e 2016. A melhor Páscoa para o setor ocorreu em 2010 (+9,5%), ano em que a economia cresceu 7,5% e o volume total de vendas do varejo avançou 10,9%.
Os estabelecimentos do varejo alimentício, tais como hiper, super e minimercados, além das lojas especializadas em produtos associados à Páscoa, deverão faturar cerca de R$ 2,2 bilhões com as vendas voltadas para a Semana Santa deste ano.
A queda nos preços dos chocolates (-8,0%), do azeite de oliva (-3,8%) e dos pescados (+0,2%), conforme mostra o IPCA-15, deverá estimular o crescimento das vendas. Por outro lado, os aumentos dos preços dos combustíveis (+7,7%) e das passagens rodoviárias intermunicipais (+6,7%) deverão atingir aqueles que pretendem se deslocar durante a Semana Santa. As projeções da CNC se baseiam nos aspectos sazonais das vendas, levando-se ainda em consideração as tendências de evolução dos níveis de ocupação e renda e, principalmente, as variações dos preços de produtos relacionados com essa data.
Contratação e efetivação
Ainda segundo estimativas da CNC, o aumento das vendas no varejo deverá gerar cerca de 10,6 mil postos de trabalho temporário – número ligeiramente superior às 10,5 mil vagas geradas na Páscoa passada. Os maiores demandantes de trabalho temporário deverão ser os hiper, super e minimercados, respondendo por aproximadamente 62% do total de vagas oferecidas. O salário médio de admissão no varejo deverá ser de aproximadamente R$ 1.220, o que representará um avanço de 4,5% em relação àquele percebido na Páscoa de 2017.
Tão importante quanto o número maior de contratações será a taxa de efetivação em 2018. Do total de vagas temporárias oferecidas pelas atividades envolvidas com a Páscoa, 7,7% deverão se tornar postos de trabalho efetivo – maior percentual em três anos. “Além de impactos positivos decorrentes da reforma trabalhista, contribui decisivamente para uma maior absorção de trabalhadores temporários o momento mais favorável do varejo brasileiro de alimentos, que vive seu melhor momento em mais de três anos”, aponta Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação e responsável pelo levantamento.