Confiança do comércio sobe em maio; varejo volta a abrir lojas

Varejo

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 113,8 pontos no mês de maio. Na comparação com abril, o indicador evoluiu 0,2%, na série com ajuste sazonal. Já ante o mesmo período de 2017, o aumento foi de 10,5%.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 113,8 pontos no mês de maio. Na comparação com abril, o indicador evoluiu 0,2%, na série com ajuste sazonal. Já ante o mesmo período de 2017, o aumento foi de 10,5%.

Desde o ponto mais agudo da crise no setor, em maio de 2016, a confiança dos comerciantes acumulava alta de 43,6%. No entanto, para a CNC, os impactos da crise atual de desabastecimento de combustíveis deverão prejudicar o avanço da atividade econômica.

O Icec aponta que a percepção dos empresários do comércio em relação à melhora da economia nas condições atuais perdeu a força. Este subíndice teve alta de apenas 0,7% na passagem de abril para maio, e menos da metade dos entrevistados (42,8%) percebia melhora da economia até o início da crise.

“A combinação entre o cenário positivo da inflação, os juros mais baixos e a reação recente do consumo vinha permitindo o contínuo, porém cada vez mais lento resgate do nível de confiança do comerciante, a ponto de observarmos abertura líquida de pontos de venda no início do ano”, explica Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC. “Entretanto, o varejo vem sofrendo impactos negativos, principalmente por conta do desabastecimento nos segmentos de combustíveis e de supermercados. Juntos, esses setores respondem por quase metade das vendas mensais do comércio brasileiro”, complementa.

As expectativas dos comerciantes vinham se mantendo estáveis na passagem mensal e apresentavam avanço em relação aos níveis de maio de 2017. Esse componente ainda se mantém na zona positiva, com 155,3 pontos, registrando um aumento de 4,1% em relação a maio de 2017.

No entanto, a crise atual levou a CNC a revisar de +5,4% para +4,3% sua perspectiva de crescimento do volume de vendas em 2018. Em relação ao PIB, a Confederação também ajustou suas previsões de crescimento de +2,6% para +2,2%.

Investimentos: após quatro anos, varejo volta a abrir lojas

O comércio varejista brasileiro registrou a abertura líquida de 2.289 estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios no primeiro quadrimestre de 2018. Esse foi o maior saldo entre lojas abertas e fechadas no País desde o primeiro quadrimestre de 2014 (+3.903 lojas). Entre os componentes relativos à intenção de investimentos no setor, o destaque foi justamente o investimento no capital físico dos estabelecimentos comerciais (+1,9% na comparação com abril e +18,4% em relação a maio de 2017).

O aumento da confiança dos empresários deverá se traduzir também em mais contratações, uma vez que 63,3% dos entrevistados pretendem contratar mais nos próximos meses – um ano atrás, esse percentual era de 55,9%. Em 2017, o varejo registrou seu primeiro saldo anual positivo na geração de postos de trabalho formal (28,9 mil vagas) desde 2014. A expectativa da CNC é que, neste ano, o estoque de trabalhadores cresça 1,6%, com a geração de 118 mil novos postos.

 

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