Artigo IBREI: O despertar para um novo mundo

O que antes achávamos uma mera onda pandêmica localizada, hoje passamos a ter um enigmático enfrentamento político econômico internacional. Passamos a ver uma nova conjuntura sendo formada, onde as “antigas” tendências se tornaram reais e necessárias para que haja uma rota alternativa e segura no momento de retomada de nossos negócios.

Fica clara a importância da um ambiente digital para as empresas como o primeiro passo para uma melhor adequação para este cenário, acompanhado, obviamente, por uma cadeia global de valores mais competitiva onde o cenário internacional seja utilizado de forma ampla e estratégica.

Estes são somente alguns exemplos que podem fortalecer as corporações e não as deixarem expostas para o mercado, tampouco dependentes.

Até o presente momento, a certeza é que teremos uma retração no âmbito econômico de grandes e hegemônicos parceiros internacionais, tais como a China, de quem se espera a menor retração dentre as maiores potências (cerca de 1%), em comparação aos Estados Unidos e União Europeia (respectivos 3% e 4,4%), segundo dados da Euromonitor.

Embora ainda incertos, devemos refletir sobre esses números de maneira estratégica, colocando em pauta uma nova corrente que passa a se mostrar crescente e não irá demorar para que volte a ocorrer, embora, em menor escala, o protecionismo estará presente neste novo formato de globalização, trazendo pautas de prioridades domésticas que foram duramente expostas e mostraram sua fragilidade, o que pode ser observado no gráfico de Previsão de Crescimento do PIB Real Global 2014-2022, atualizado em abril deste ano pelo Euromonitor International Macro Model.

O cenário internacional pós-pandemia, passará a exigir novos mercados para que fatores de risco sejam mitigados e, ao se desenvolverem, apresentem sustentabilidade de uma relação de consumo e responsabilidade entre o mercado interno e o externo. Vale ressaltar que abrir novas praças de interação não significa que passaremos por uma migração às cegas para novos mercados de forma imediata. O exercício de buscar outros caminhos deixa claro a importância de estarmos preparados para qualquer tipo de eventualidade, como sanções econômicas e sanitárias, por exemplo.

Por fim e não menos importante, a necessidade por produtos minimamente sustentáveis ganhará força e se tornará um fator de decisão vital para os consumidores, bem como o apelo para com a sociedade, o que reforçará a adequação e respeito a um momento que se molda promissor e responsável, independente do lugar que ele possa estar erradicado.

Arthur Martinho – Vice-presidente Internacional do IBREI

X